Ela, que muitas vezes se sentia como um espinho, descobriu que poderia ser uma rosa para alguem, e que mesmo fechada ainda havia quem sentisse seu perfume, quem cuidasse dela e a regasse todos os dias com a esperança de que se abrisse.
Mas ela não sentia a primavera, o medo de se abrir e encontrar a pior das estações fazendo com que suas pétalas murchassem ou que seus espinhos machucassem quem a tocasse, tomava conta dela. Apesar disso havia quem não temesse seus espinhos e tivesse paciência suficiente para faze-la deixar o medo de lado e perceber que mesmo não sentindo, poderia estar perdendo a primavera. Foi então com a esperança de encontra-la que ela abriu a primeira pétala, foi bom, mas ainda tinha medo; abriu a segunda, dessa vez o medo era menor e ela se sentia melhor, mais segura; abriu a terceira, não sabe dizer se está encontrando a primavera, mas seja qual for a estação, tem a feito se seintir muito bem . "
